Após
cinco dias de julgamento, divididos entre depoimentos, trocas de
advogados e adiamento do júri de três réus, os jurados já decidiram
se Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro são
culpados ou inocentes. O ex-braço-direito de Bruno responde por
homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado e
ocultação de cadáver de Eliza Samudio. Já Fernanda Gomes é acusada pelo
sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho Bruninho, quando tinha
quatro meses. Ambos negaram os crimes durante a fase dos
interrogatórios.
Após
ouvir cerca de 8 horas de debates , o corpo de jurados se reuniu na sala
secreta às 21h, onde cada um dos jurados respondeu a 19 perguntas
preparadas pela juíza Marixa Fabiane Lopes. Eles decidiram o futuro dos
réus com respostas entre “sim” ou “não” e se há atenuantes nos crimes
que eles respondem. Com a decisão dos jurados em mãos, a juíza começou a
redigir a sentença que irá definir a pena dos réus em caso de serem
considerados culpados.
Das 19
questões que deveriam ser respondidas por cada jurado, 12 são relativas
aos crimes que Macarrão responde. Sete quesitos buscam respostas sobre
as acusações contra Fernanda.
Em
relação os crimes imputados a Macarrão, seis quesitos são sobre a
acusação de homicídio triplamente qualificado (autoria, participação,
absolvição, e três qualificatorias, - por motivo torpe, por morte por
asfixia e por não dar a vítima chance de se defender), quatro pelo crime
de sequestro e cárcere de Eliza e Bruninho (autoria, participação,
absolvição e a qualificatória pelo sequestro do Bruninho, um menor de
idade) e duas pela ocultação de cadáver (autoria e absolvição).
Dos sete
quesitos relativos a Fernanda, três são pelo sequestro da Eliza
(autoria, participação e absolvição) e quatro pelo sequestro de Bruninho
(autoria, participação, absolvição e a qualificatória pelo sequestro de
um menor de idade).
O quinto e
último dia de julgamento foi reservado apenas para os debates entre o
promotor Henry Vagner de Vasconcelos, os assistentes de acusação e os
defensores de Macarrão e Fernanda de Castro. Abrindo o debate, por volta
de 11h30, o responsável pelo Ministério Público defendeu a condenação
de Macarrão e Fernanda. Henry Wagner Vasconcelos clamou para os jurados a
completa condenação do réus que formavam "a rapaziada" de Bruno,
composta por "crápulas", segundo ele.
Em defesa
de Macarrão, o advogado Leonardo Diniz pediu uma “reprimenda
proporcional” ao réu . “Que seja lhe aplicada uma reprimenda mas que
esta reprimenda seja justa e proporcional ao que realmente ocorreu”,
disse o advogado aos sete jurados. A advogada Carla Cilene Cardoso, que
defende Fernanda, embasou sua argumentação na suposta falta de provas
contra sua cliente . “Nenhuma testemunha incriminou Fernanda”, disse
ela.
Na fase
de réplica e tréplica, o promotor, os assistentes de acusação e os
advogados de defesa reforçaram suas teses apresentadas durante o
último dia de julgamento . Henry Wagner Vasconcelos reconheceu que a
confissão parcial de Macarrão deve beneficiá-lo. “A confissão tem um
papel legal devidamente definido, que é a redução de pena. Todavia o
papel de planejamento de um delito é uma circunstância agravante.
Macarrão merece redução de pena, mas certamente deve ser condenado.
Fonte:blogdoraulfigueiredo
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